Bugios vs máscara ibérica
Há dias revisitei o museu ibérico da máscara e do traje em Bragança, quase em simultâneo um outro sobradense também o visitava com a sua família , deixando-me posteriormente um comentário manifestando a sua pena de não ver representado no museu as bugiadas . Confesso que também senti a falta da " nossa" festa no museu, não obstante numa rápida pesquisa ao site oficial do projecto encontrei algumas respostas.
O projecto visa um trabalho estreito entre a região interior norte portuguesa ( nordeste transmontano mais propriamente) e as províncias espanholas de Zamora e Leon , não só no sentido da preservação e divulgação da máscara mas também, utilizando esta como meio dinamizador de expansão comercial e cultural. Numa zona onde a desertificação é mais que uma palavra é uma realidade, um projecto deste género faz toda a diferença. Não se trata apenas de um projecto de divulgação cultural, é também um forte esforço de dois países para uma nova dinâmica empresarial e cultural.
O museu ( como podemos aliás ler no seu site) não pretende ser um espaço de apenas exposição cuidada do que poderia ser considerado " cultura carnavalesca", mas sim, dar a conhecer uma cultura transfronteiriça.
Nesse sentido, e apesar das indiscutíveis ligações da bugiada às tradições de inverno do interior transfronteiriço rapidamente nos apercebemos que são mais os laços que nos separam do que aqueles que nos unem.
Saliento apenas a iniciativa da Progestur na exposição itinerante " Máscaras ibéricas" que reúne actualmente ( até dia 30 de Agosto) na estação do Rossio, em Lisboa uma exposição de máscaras na qual estão representadas as Bugiadas .
Site onde estão divulgadas outras actividades ligadas à Máscara Ibérica, desta feita onde constam as Bugiadas
http://www.mascaraiberica.com/portugues/idioma1.html
Site oficial da iniciativa financiada pela FEDER, Museu da máscara ibérica, onde pode ser lido as finalidades e objectivos do projecto em questão.
Aos sobradenses resta a esperança de ver a Casa/Museu da casa do bugio tornar-se uma realidade.